quinta-feira, 15 de abril de 2010

Governo do Estado não assina convênio de biodiesel e impede criação de 25 mil empregos

Apesar da aprovação de prefeitos para que o Governo do Estado firme convênio com uma empresa responsável por transformar o pinhão manso em biodiesel, no Sertão paraibano, projeto que é conhecido pelo nome de “Biodiesel da Paraíba”, o Governo “empacou” o projeto e não assinou o convênio. Se tivesse dado seguimento com assinatura, 25 mil famílias seriam beneficiadas com empregos diretos e indiretos.

De acordo com Rita Medeiros, acionista da empresa Bionor, instalada em Cajazeiras há aproximadamente três anos, o projeto já foi apresentado ao presidente Lula (PT), e recebeu a aprovação, inclusive, da ex- ministra Dilma Rouseff (PT). Porém, há um ano, o Governo do Estado não dá atenção ao projeto, que beneficiaria 93 municípios da Paraíba.

“Nós já procuramos o Governo Federal, o projeto foi entregue a Lula, mas nós precisamos da contrapartida do Governo do Estado e até a presente data o convênio não foi assinado, há um ano o projeto empacou”, garantiu Rita.

A acionista relatou o caso do Tocantins para justificar a importância do projeto. De acordo com Rita, lá se produz o biodiesel que serve para abastecer toda a frota de carros que servem a administrações municipais, gerando economia para os cofres públicos.

Ainda segundo Rita, a empresa poderia gerar aproximadamente mil empregos diretos, e beneficiar mais de 25 mil famílias que poderão viver do cultivo de pinhão, já que terão para onde destinar toda a produção.

Iniciativa do ex-prefeito Carlos Antônio

O ex-prefeito Carlos Antônio, preocupado em dar celeridade ao projeto, revelou a iniciativa em apresentar o projeto ao ex-gestor da Capital, Ricardo Coutinho.

“Nós temos um projeto pronto e vamos apresentar a Ricardo Coutinho. O projeto do Biodiesel da Paraíba visa agregar noventa e cinco municípios da Paraíba, tanto dentro do projeto regional de sustentabilidade econômica criando uma perspectiva real para que nosso agricultor possa ter, através do cultivo do pinhão manso, uma economia extraordinária ao final do ano”, explicou Antônio.

Carlos Antônio ressaltou a necessidade de investimentos num área geograficamente comprometida, e destacou que o pinhão manso é próprio para cultivo em terras que não dispõe de muitos recursos hídricos.

Benefício no cultivo do pinhão e biodiesel

O pinhão manso tem bom potencial de geração de renda, em função das expectativas de suas produtividades, além de poder ser empregada em áreas degradadas e aproveitar áreas de pouco uso nas propriedades familiares. Em se tratando de sustentabilidade ambiental, o pinhão manso também se mostra consideravelmente mais atrativo e sua capacidade produtiva se mantém dentro de níveis economicamente viáveis.

O biodiesel é um combustível renovável produzido a partir do pinhão manso, além de ser uma tecnologia limpa, não polui o meio ambiente e não gera aumento dos custos do combustível. Um dos principais benefícios para o consumidor é a qualidade do produto, porque o produto reduz o teor de enxofre e amplia a lubrificação dos motores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário