quinta-feira, 15 de abril de 2010

População se arrisca atravessando rio no sertão

A população das cidades de Santa Cruz e São Francisco está se arriscando para atravessar o Riacho do Boi Morto, que separa os dois municípios e que liga outras tantas à Sousa, no Sertão. As pessoas têm feito a travessia usando boias e botes desde que uma passagem molhada, uma pequena ponte, foi levada pelas águas do rio durante as fortes chuvas do último domingo (11).

São cerca de 8 mil pessoas que ficaram isoladas e estão recorrendo à "travessia alternativa" oferecida por algumas pescadores, que chegam a levar bicicletas e até motos em seus pequenos barcos, e por homens que se oferecem para guiar os pedestres em cima de boias feitas de câmaras de ar de pneus. O valor de R$ 5 era cobrado por travessia.

No início da semana o Corpo de Bombeiros já havia advertido para o perigo de atravessar o rio desta maneira, mas muita gente ainda estava preferindo passar por ali a ter que pegar a estrada que cruza a fronteira com o Rio Grande do Norte depois voltar por estradas vicinais à Paraíba e por conta disso os Bombeiros determinaram a suspensão da travessia. A ponte original caiu em 2008 e de lá para cá, apenas a passagem molhada foi construída como paliativo.

As chuvas no Sertão foram tantas que aumentaram muito o volume de água dos açudes da região e, consequentemente dos rios, com destaque para o município de Aparecida que registrou índice acumulado de 300 mm o que fez com que vários açudes "sangrassem" e desembocassem no riacho que corta a rodovia PB-359.

O Governo do Estado iniciou obras de recuperação da Ponte do Boi Morto no ano passado, mas nas últimas semanas o pároco da cidade de Santa Cruz, Djacy Brasileiro denunciou a suspensão dos trabalhados sem nenhuma explicação por parte da secretaria competente.

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